
GAROTO
MARTE














01. Toute ma Famille
Toda Minha Família.
Foi nesse mundo pequeno, cercado de vozes conhecidas, que ele aprendeu o que era se sentir inteiro, mesmo sem saber ainda quem seria. Sua família foi o seu primeiro lugar onde pôde ser livre, aventureiro e curioso.
Onde ser criança era suficiente. É dessa memória sensível que nascem as criações da Garoto Marte, pois esses fragmentos se traduzem em formas, texturas e imagens. Pois lembrar também é um ato de criação e uma forma de voltar ao espaço onde tudo começou.













02. Um Mergulho no Tempo
‘Frequentador assíduo dos nossos encontros da ESEF, este lindo “peixinho” esbanjava alegria e empolgação ao participar das aulas no desafiador mar. Encontrava formas cada vez mais eficientes de movimentar-se no ambiente aquático, dizendo “Eu sei ir sozinho”.Demonstrava preferência por brincadeiras como “Mar Vermelho”, “Polo Aquático” e as que envolviam mergulho para pegar “tesouros” no profundo mar da “terra do nunca”.
Ficamos contentes de termos participado destes momentos criativos junto com Lucca e esperamos que continue a realizar essas experiências em outros “mares”.
Um beijo carinhoso das professoras de Educação Física.’











03. Outros Seres
Alguns vieram pra ficar, outros foram só parte de uma estação. Mas todos deixaram marcas, traços na pele, sotaques emprestados e jeitos de ver o mundo que me moldaram. Rostos que são casa. Olhares que carregam histórias que não cabem em palavras. São os amigos que nos vestiram quando estávamos despidos do mundo. Voltar no tempo é reconhecer que não se cresce sozinho e que cada amizade verdadeira é um pedaço de Marte dentro da gente.





04. Marcado na Pele
Marcar na pele é diferente de só lembrar. Baseado em sentimentos intensos, decisões importantes, despedidas, descobertas, laços e abraços. Fazem parte da construção da identidade de Lucca e só mostram o impacto que a vida e os momentos que ele presenciou, tem sobre o corpo.







05. Rastros Meus
“Cada dia é uma interrogação e em cada projeto, eu crio um depósito de rastros só meus. Pouquinho por pouquinho.
É que viver de criação em um mundo que exige produção em massa me coloca em confronto constante entre Essência e Sobrevivência. É como caminhar com os pés descalços sobre um chão de concreto: às vezes dói, mas às vezes liberta. Tudo é muito sensível. Tudo é muito exposto. Tenho medo, pra ser sincero. Medo de não dar certo. Medo de me perder tentando caber. Medo de não ser o suficiente para o mundo em que vivemos, onde autenticidade é confundida com tendência.
Apesar do medo, há uma força miúda que me empurra, me empurra e empurra… a mesma que me faz esticar uma roupa, sujar as mãos de tinta e confiar que até a incerteza tem beleza. O que eu faço é o meu jeito de existir no mundo.”













06. Marte por Aí
Cada pessoa carrega a roupa à sua maneira: com sua história, seu tempo e sua pele. A Garoto Marte veste presenças. O que importa não é só a roupa, mas o jeito único que ela encontra o corpo.












